O presidente da Associação Médica Brasileira, César Eduardo Fernandes, afirmou em entrevista à CNN, nesta terça-feira (04/01/22), que crianças que são imunizadas contra a Covid-19 tem menos chances de contrair a doença com gravidade, considerando dados dos Estados Unidos, país que já vacina o público de 5 a 11 anos contra a Covid-19.
“A imunidade conferida pela doença propriamente dita, é uma imunidade muito menor que a imunidade conferida pela vacina. Uma criança vacinada tem 6 vezes menos possibilidade de ter a doença grave e de vir a óbito que uma criança que teve a imunidade natural”, diz o médico.
Nesta quarta-feira (5), o Ministério da Saúde realiza uma audiência pública sobre a aplicação de vacinas em crianças de 5 a 11 anos. A imunização deste público foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com doses da vacina da Pfizer, com uma dosagem menor em relação à aplicada em adultos.
Para o presidente da Associação Médica Brasileira, a realização de uma audiência pública para definir sobre a vacinação em menores é “absolutamente desnecessária”.
“A Anvisa é uma agência da maior credibilidade, com isenção, e a Anvisa aprovou assim como FDA [agência dos EUA]. Vacinas não são experimentais, são seguras e eficazes nas doses indicadas, que são menores que em adultos. Audiência pública seria desnecessária, porque já passou pela agência que regulamenta, seria absolutamente desnecessária”, afirmou o médico.
O médico ressaltou a eficácia das vacinas e afirmou que devem ser aplicadas em crianças “o mais rápido possível”. Para o entrevistado, as férias escolares seriam o período ideal para a imunização, para que as crianças retornassem às escolas com proteção contra o vírus.
“Todas as crianças – tendo tido a doença ou não – são boas candidatas à vacinação e poderemos diminuir a possibilidade de transmissão do vírus. A vacina em crianças é necessária e deve ser feita o mais rápido possível”, disse.
Fonte: CNN Brasil (https://www.cnnbrasil.com.br/saude/crianca-vacinada-tem-6-vezes-menos-chances-de-contrair-covid-com-gravidade-diz-medico/).